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Portugal com apoios menos efetivos à Covid-19
17ª posição na UE 27 e 29ª em 47 países

Fiscal Monitor de abril do FMI atualizou a base de dados da resposta orçamental à Covid-19 até março, em que Portugal apresenta um total de 11,1% do PIB, que traduz a 17ª posição na UE 27 (máximo de 43,7% em Itália) e a 29ª em 47 países, que incluem o G20 e uma seleção de economias avançadas (máximo de 44,2% no Japão). 

Nos apoios a fundo perdido (maior despesa e perda de receita), estamos bem posicionados na saúde (0,9% do PIB, o 11º valor na UE e o 18º em 47 países), mas não no auxílio à economia (empresas e famílias), em que o valor de 4,5% do PIB é apenas o 18º na UE (máximo de 13,2% na Grécia) e o 30º em 47 países (máximo de 27,0% em Macau, seguido de 22,2% nos EUA). 

Nas medidas de liquidez, Portugal aparece com 0,5% do PIB no diferimento de impostos e adiantamento de despesa (16º na UE e 23º em 47 países, onde o máximo é de 13,8% na Dinamarca) e 5,7% nas garantias estatais (9ª na UE e 12º em 47 países, com um máximo de 35,1% em Itália), onde temos, de longe, o melhor ranking. 

A maior aposta relativa do nosso Governo em garantias reduz o custo orçamental à custa de um maior endividamento das empresas, que noutros países têm apoios mais efetivos, como por exemplo a Grécia que, com um rácio de dívida pública ainda maior, é o país da UE com mais ajudas a fundo perdido em proporção do PIB.

Veja o quadro-resumo de apoios orçamentais Covid-19, do Fiscal Monitor de abril do FMI.