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O impacto da Jornada Mundial da Juventude
A opinião de Luís Miguel Ribeiro no Dinheiro Vivo
Na sua mais recente coluna de opinião no Dinheiro Vivo, o presidente do Conselho de Administração da AEP escreve sobre a importância da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), "um momento alto para Portugal, por inúmeras razões".
Num momento em que a nível nacional há sinais de arrefecimento da economia e o risco de inversão do padrão de crescimento observado no primeiro trimestre, Luís Miguel Ribeiro destaca a importância do evento enquanto "verdadeira montra para a valorização da oferta nacional", com impacto positivo não só na economia nacional, como também na sociadade.
Leia o artigo:
O impacto da JMJ
Ainda que se trate de uma estimativa rápida, o crescimento económico do segundo trimestre é um assunto que deve merecer redobrada atenção.
É muito claro que a inflação e a subida das taxas de juro continuam a produzir repercussões muito negativas sobre a atividade económica.
A nível nacional, há sinais de arrefecimento da economia e do risco de inversão do padrão mais sustentável, em matéria de crescimento, observado no primeiro trimestre, aquele em que a dinâmica do PIB estava fundamentalmente alicerçada no contributo positivo das exportações líquidas.
A economia cresceu, em termos homólogos, 2.3%, mas o contributo positivo da procura externa líquida foi inferior à do primeiro trimestre, em resultado da desaceleração das exportações de bens e serviços mais forte que a das importações.
Na dinâmica em cadeia, a preocupação agudiza-se, pois, o contributo da procura externa líquida passou a negativo, após ter sido positivo no primeiro trimestre, em consequência do comportamento das exportações, leia-se das exportações de bens. Deste modo, o crescimento económico em cadeia no segundo trimestre foi nulo (após 1.6% no anterior), refletindo unicamente o aumento do contributo da procura interna, ancorada na aceleração do consumo privado.
Tendo em conta estes números, é com avidez que anseio o impacto positivo que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) traz para Portugal, nomeadamente pelo seu contributo para o aumento das exportações.
Um momento alto para Portugal, por inúmeras razões.
Pela excelente oportunidade do nosso país mostrar a sua capacidade em organizar um evento com esta dimensão e apresentar ao mundo o que de melhor se faz em Portugal. É uma verdadeira montra para a valorização da oferta nacional. A título de exemplo, os cadeirões do Papa Francisco foram feitos de propósito para o evento por uma empresa industrial de Rebordosa (Paredes), em que os tecidos e restantes materiais utilizados têm por base uma política industrial sustentável.
Há quem já tenha feito contas e avance que a JMJ terá um impacto de várias centenas de milhões de euros em valor acrescentado bruto na economia portuguesa.
Naturalmente, devemos somar o impacto na sociedade, fruto da partilha de experiências entre milhares de jovens vindos de vários países, com diferentes culturas e estilos de vida e com um propósito comum, dificilmente mensurável e seguramente memorável para todos os participantes, numa altura em que os jovens enfrentam enormes desafios!
Luís Miguel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração
da Associação Empresarial de Portugal
In Dinheiro Vivo 05.08.2023
Num momento em que a nível nacional há sinais de arrefecimento da economia e o risco de inversão do padrão de crescimento observado no primeiro trimestre, Luís Miguel Ribeiro destaca a importância do evento enquanto "verdadeira montra para a valorização da oferta nacional", com impacto positivo não só na economia nacional, como também na sociadade.
Leia o artigo:
O impacto da JMJ
Ainda que se trate de uma estimativa rápida, o crescimento económico do segundo trimestre é um assunto que deve merecer redobrada atenção.
É muito claro que a inflação e a subida das taxas de juro continuam a produzir repercussões muito negativas sobre a atividade económica.
A nível nacional, há sinais de arrefecimento da economia e do risco de inversão do padrão mais sustentável, em matéria de crescimento, observado no primeiro trimestre, aquele em que a dinâmica do PIB estava fundamentalmente alicerçada no contributo positivo das exportações líquidas.
A economia cresceu, em termos homólogos, 2.3%, mas o contributo positivo da procura externa líquida foi inferior à do primeiro trimestre, em resultado da desaceleração das exportações de bens e serviços mais forte que a das importações.
Na dinâmica em cadeia, a preocupação agudiza-se, pois, o contributo da procura externa líquida passou a negativo, após ter sido positivo no primeiro trimestre, em consequência do comportamento das exportações, leia-se das exportações de bens. Deste modo, o crescimento económico em cadeia no segundo trimestre foi nulo (após 1.6% no anterior), refletindo unicamente o aumento do contributo da procura interna, ancorada na aceleração do consumo privado.
Tendo em conta estes números, é com avidez que anseio o impacto positivo que a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) traz para Portugal, nomeadamente pelo seu contributo para o aumento das exportações.
Um momento alto para Portugal, por inúmeras razões.
Pela excelente oportunidade do nosso país mostrar a sua capacidade em organizar um evento com esta dimensão e apresentar ao mundo o que de melhor se faz em Portugal. É uma verdadeira montra para a valorização da oferta nacional. A título de exemplo, os cadeirões do Papa Francisco foram feitos de propósito para o evento por uma empresa industrial de Rebordosa (Paredes), em que os tecidos e restantes materiais utilizados têm por base uma política industrial sustentável.
Há quem já tenha feito contas e avance que a JMJ terá um impacto de várias centenas de milhões de euros em valor acrescentado bruto na economia portuguesa.
Naturalmente, devemos somar o impacto na sociedade, fruto da partilha de experiências entre milhares de jovens vindos de vários países, com diferentes culturas e estilos de vida e com um propósito comum, dificilmente mensurável e seguramente memorável para todos os participantes, numa altura em que os jovens enfrentam enormes desafios!
Luís Miguel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração
da Associação Empresarial de Portugal
In Dinheiro Vivo 05.08.2023