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Medidas de apoio à economia e ao emprego são insuficientes
“Há que fazer mais, muito mais e com efeito imediato”, defende a AEP em comunicado à imprensa

Em comunicado enviado à imprensa, a AEP – Associação Empresarial de Portugal considera que “as medidas de apoio à economia e ao emprego, anunciadas hoje pelo Governo português, no âmbito da situação epidemiológica provocada pelo novo coronavírus, pecam por serem insuficientes e pouco claras na sua aplicação”, acrescentando que “a situação de emergência que vive a economia e as empresas, com vista a evitar-se o colapso de todo o sistema, obriga a medidas mais ambiciosas, claras e de aplicação imediata”.

Para a AEP, as linhas de crédito com garantia, as moratórias dos créditos e a flexibilização das obrigações fiscais e contributivas são medidas positivas, atuando em áreas consideradas muito importantes, com impacto na tesouraria das empresas e na sua própria sobrevivência. Entende, porém, que “face ao já avançado, a magnitude do conjunto destas medidas está ainda muito longe de alcançar as reais necessidades do nosso tecido empresarial, por forma a minimizar a profundidade da recessão da atividade económica, já sentida como certa”.

“O pacote de medidas agora anunciado, no valor de 9,2 mil milhões de euros, equivale a menos de 5% do PIB anual português, muito longe do anunciado pela nossa vizinha Espanha, que ultrapassa os 16% do PIB anual espanhol”, constata a AEP, acrescentando que “uma situação excecional, como a que estamos a viver, requer uma atuação excecional, em montante e em celeridade na sua implementação”.

Defendendo que “há que fazer mais, muito mais e com efeito imediato!”, a AEP termina a afirmar que “Portugal tem de ter a ambição de conseguir manter a capacidade de criação, atual e futura, de valor. De outro modo, estará comprometido o futuro do nosso país e da nossa sociedade”.

Veja aqui o comunicado de imprensa