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Imigração impede queda da população
Portugal mantém crescimento migratório assinalável em 2020

“E-commerce e venda de produtos e serviços através de canais digitais” é o título do quinto e-book de capacitação das PME para a economia digital. Já está disponível e pode ser descarregado aqui

Este e-book pretende permitir compreender e executar as melhores estratégias de posicionamento em matéria de comércio eletrónico. O objetivo principal é gerar vendas, mas são também abordadas a fidelização de clientes e a atração de tráfego para as lojas online, usando as melhores técnicas, as melhores ferramentas e as melhores estratégias. 

As estimativas da população residente, divulgadas recentemente pelo INE, mostraram um aumento em 2020, pelo segundo ano seguido, embora a um menor ritmo (0,02%, após 0,19% em 2019). Esta evolução apenas mitigou um pouco a tendência de queda durante a década de 2010, e que se explica pelo saldo migratório positivo dos anos mais recentes, contrariando um saldo natural estruturalmente negativo e agravado temporariamente pela pandemia (aumento da mortalidade e redução da natalidade).

A manutenção de um crescimento migratório assinalável em 2020 (0,40%, após 0,43% em 2019) marca uma grande diferença da crise atual face à anterior (que culminou com a vinda da troika em 2011-2014) – em que se assistiu a uma escalada de emigração e à redução da imigração, o que acelerou a queda da população residente –, com implicações positivas.

De facto, embora a crise pandémica tenha afetado todos os países, ao contrário da anterior crise económica nacional – acompanhada por apenas alguns países envolvidos na crise de dívidas soberanas – o que faria supor que levasse a uma travagem dos fluxos migratórios, os dados mostram que em 2020 o número de imigrantes continuou a aumentar de forma assinalável, apenas com alguma atenuação do crescimento (passando de 0,71% para 0,65%) e a taxa de emigração até diminuiu (de 0,27% para 0,25%). Tal sinaliza, de forma clara, a confiança dos cidadãos nacionais e imigrantes na capacidade da economia nacional em ultrapassar a crise colocada pela pandemia, bem como a existência de fatores de atratividade para viver no nosso país, por comparação com o exterior.

Os desafios são grandes para que o país corresponda a estas expectativas dos cidadãos nacionais e estrangeiros que querem continuar a viver cá. Desde logo, ao nível da economia, o correto aproveitamento dos fundos comunitários em prol da capitalização e competitividade das empresas é fundamental para a retoma sustentada do nível de vida. É também muito importante facilitar a integração dos imigrantes, com realce para a redução da carga burocrática e o ágil reconhecimento e reforço de competências.  

A manutenção de um saldo migratório positivo é crucial para contrariar a perspetiva de queda da população ativa – muito penalizadora para as empresas – já que a promoção da natalidade, mesmo que seja intensificada, como deveria, demorará sempre bastante tempo a surtir efeito. 

Outra das formas de contrariar a queda dos ativos é o envelhecimento ativo, para o qual a Fundação AEP tem vindo a contribuir, com projetos como o “Empreender 45-60 – Uma estratégia nacional de apoio ao empreendedorismo sénior". 


Fonte: INE e cálculos AEP