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Europa: coesão e desenvolvimento
A opinião de Luís Miguel Ribeiro no Dinheiro Vivo
Na sua mais recente coluna de opinião no Dinheiro Vivo, o presidente da AEP faz uma reflexão sobre as conclusões do oitavo Relatório sobre a Coesão, publicado pela Comissão Europeia, que "reforça a importância da política de coesão na promoção da convergência e redução das disparidades territoriais e sociais entre as regiões europeias, mas mostra de forma clara onde persistem os maiores problemas", designadamente as "várias regiões de rendimento médio e menos desenvolvidas, especialmente no sul [da Europa], que sofrem estagnação ou declínio económico relativo e se encontram numa armadilha de desenvolvimento", onde se integra o nosso país.
Luís Miguel Ribeiro alerta para a necessidade de "acelerar a implementação dos programas da política de coesão 2021-2027, com vista a recuperar da pandemia e a impulsionar um crescimento e desenvolvimento económico sólido, mais equilibrado e mais sustentável", para retirar o país da armadilha de desenvolvimento.
Leia a coluna na íntegra:
Europa: coesão e desenvolvimento
Vale a pena prestar atenção ao oitavo Relatório sobre a Coesão, publicado pela Comissão Europeia na semana passada (o sétimo foi divulgado em 2017).
O relatório reforça a importância da política de coesão na promoção da convergência e redução das disparidades territoriais e sociais entre as regiões europeias, mas mostra de forma clara onde persistem os maiores problemas. Se, por um lado, as regiões do leste europeu menos desenvolvidas têm vindo a recuperar e a reduzir, de forma substancial, a disparidade do PIB per capita, por outro, há várias regiões de rendimento médio e menos desenvolvidas, especialmente no sul, que sofrem estagnação ou declínio económico relativo e se encontram numa armadilha de desenvolvimento, com longos períodos de baixo crescimento da produtividade e do emprego, o que constitui um dos principias desafios identificados. As regiões portuguesas integram este último perfil de regiões.
Alerta-se para o aumento da clivagem regional no domínio da inovação, em resultado do investimento insuficiente na investigação e no desenvolvimento.
No emprego, "apesar das melhorias, as regiões menos desenvolvidas continuam a ficar para trás em áreas como a aprendizagem ao longo da vida e a aquisição de competências digitais".
Para fazer face ao desafio demográfico "as empresas terão de se adaptar à diminuição da mão-de-obra, recrutando mais trabalhadores (...), como os migrantes de países terceiros, e investindo mais na inovação e na educação de adultos, em especial de trabalhadores mais velhos ou pouco qualificados".
O potencial das transições ecológica e digital materializam os novos motores de desenvolvimento, mas reconhece-se que sem políticas públicas adequadas poderão surgir novas disparidades. O crescimento a longo prazo exigirá "reformas no setor público, uma mão-de-obra mais qualificada e uma maior capacidade de inovação".
Nestes alertas é percetível a necessidade de acelerar a implementação dos programas da política de coesão 2021-2027, com vista a recuperar da pandemia e a impulsionar um crescimento e desenvolvimento económico sólido, mais equilibrado e mais sustentável.
O adiamento da tomada de posse do novo Governo português, face à repetição da votação no círculo da Europa, é mais um compasso de espera na desejável aceleração desta importante fonte de financiamento do investimento, que terá de ter a alocação certa - em maior benefício das empresas - para retirar o País da armadilha de desenvolvimento.
Luís Miguel Ribeiro alerta para a necessidade de "acelerar a implementação dos programas da política de coesão 2021-2027, com vista a recuperar da pandemia e a impulsionar um crescimento e desenvolvimento económico sólido, mais equilibrado e mais sustentável", para retirar o país da armadilha de desenvolvimento.
Leia a coluna na íntegra:
Europa: coesão e desenvolvimento
Vale a pena prestar atenção ao oitavo Relatório sobre a Coesão, publicado pela Comissão Europeia na semana passada (o sétimo foi divulgado em 2017).
O relatório reforça a importância da política de coesão na promoção da convergência e redução das disparidades territoriais e sociais entre as regiões europeias, mas mostra de forma clara onde persistem os maiores problemas. Se, por um lado, as regiões do leste europeu menos desenvolvidas têm vindo a recuperar e a reduzir, de forma substancial, a disparidade do PIB per capita, por outro, há várias regiões de rendimento médio e menos desenvolvidas, especialmente no sul, que sofrem estagnação ou declínio económico relativo e se encontram numa armadilha de desenvolvimento, com longos períodos de baixo crescimento da produtividade e do emprego, o que constitui um dos principias desafios identificados. As regiões portuguesas integram este último perfil de regiões.
Alerta-se para o aumento da clivagem regional no domínio da inovação, em resultado do investimento insuficiente na investigação e no desenvolvimento.
No emprego, "apesar das melhorias, as regiões menos desenvolvidas continuam a ficar para trás em áreas como a aprendizagem ao longo da vida e a aquisição de competências digitais".
Para fazer face ao desafio demográfico "as empresas terão de se adaptar à diminuição da mão-de-obra, recrutando mais trabalhadores (...), como os migrantes de países terceiros, e investindo mais na inovação e na educação de adultos, em especial de trabalhadores mais velhos ou pouco qualificados".
O potencial das transições ecológica e digital materializam os novos motores de desenvolvimento, mas reconhece-se que sem políticas públicas adequadas poderão surgir novas disparidades. O crescimento a longo prazo exigirá "reformas no setor público, uma mão-de-obra mais qualificada e uma maior capacidade de inovação".
Nestes alertas é percetível a necessidade de acelerar a implementação dos programas da política de coesão 2021-2027, com vista a recuperar da pandemia e a impulsionar um crescimento e desenvolvimento económico sólido, mais equilibrado e mais sustentável.
O adiamento da tomada de posse do novo Governo português, face à repetição da votação no círculo da Europa, é mais um compasso de espera na desejável aceleração desta importante fonte de financiamento do investimento, que terá de ter a alocação certa - em maior benefício das empresas - para retirar o País da armadilha de desenvolvimento.
Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal
In Dinheiro Vivo 19.02.2022
In Dinheiro Vivo 19.02.2022