Envolvente Empresarial – Análise de Conjuntura
Envolvente Empresarial - 3.º Trimestre 2025
A mais recente Envolvente Empresarial - Análise de Conjuntura evidencia a resiliência da economia portuguesa perante a incerteza ao nível global. Contudo, é de destacar que o crescimento do PIB para 2025 reflete algumas medidas temporárias com efeitos conjunturais e não estruturais, o que a prazo não é sustentável.
No segundo trimestre de 2025 o PIB a preços constantes acelerou ligeiramente face ao período homólogo e retomou o ritmo de crescimento em cadeia. Por componentes de despesa, em termos homólogos, o crescimento do PIB foi uma vez mais impulsionado integralmente pela Procura Interna, visto que o contributo da Procura Externa Líquida foi significativamente negativo.
Segundo a estimativa rápida do INE, no terceiro trimestre de 2025, o PIB cresceu 2,4% face ao período homólogo, refletindo a aceleração do consumo privado e das exportações. Em cadeia, o PIB cresceu 0,8%, traduzindo a aceleração do consumo privado.
No Boletim Económico de outubro, o Banco de Portugal prevê que a economia portuguesa abrande de 2,1% em 2024 para 1,9% em 2025, o que está em linha com as projeções do Conselho das Finanças Públicas e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
As projeções do FMI apontam para um abrandamento do crescimento económico mundial em 2025 e 2026. O abrandamento da economia global deve-se sobretudo às tensões geopolíticas, em particular à política comercial protecionista iniciada pelos Estados Unidos da América e aos conflitos militares.
Relativamente à demografia empresarial, nos primeiros nove meses de 2025, a criação líquida de empresas aumentou 9,8% em termos homólogos, devido a um aumento dos nascimentos e a uma redução dos encerramentos, o que levou a um incremento do rácio de nascimentos por encerramento.
Os dados do comércio internacional de bens, refletem uma deterioração nas trocas comerciais com o exterior nos primeiros oito meses do ano, tendo as exportações e importações de bens registado um crescimento homólogo de 0,4% e 6%, respetivamente. Nos serviços, entre janeiro e agosto, as exportações continuaram a crescer acima das importações, embora a diferença seja cada vez menor.
Relativamente à política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) optou por não realizar alterações nas reuniões do terceiro trimestre de 2025, mantendo as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de depósito, às operações principais de refinanciamento e à facilidade permanente de cedência de liquidez em 2%, 2,15% e 2,40%, respetivamente.
No terceiro trimestre de 2025, as taxas Euribor a 3, 6 e 12 meses estabilizaram em valores próximos de 2%, embora com uma ligeira tendência de aumento nesse período, refletindo o menor otimismo dos mercados quanto a eventuais novos cortes nas taxas de juro diretoras nas próximas reuniões do BCE.
A taxa de inflação homóloga de Portugal (medida pelo IHPC) acelerou para 2,3% no terceiro trimestre de 2025, pressionada pelos produtos alimentares não transformados, após ter abrandado para 2% no segundo trimestre de 2025. Na Área Euro, a inflação também acelerou, porém são valores ainda muito próximos dos definidos pelo Banco Central Europeu como meta para o médio prazo.
No terceiro trimestre de 2025, a cotação média do euro face ao dólar situou-se em 1,1680, o que corresponde a uma apreciação da moeda única de 3% face ao segundo trimestre de 2025 e de 6,3% face ao terceiro trimestre de 2024. No mês de setembro, o euro cotou-se em média em 1,1732 dólares, o valor mais alto desde outubro de 2021.
No terceiro trimestre de 2025, observaram-se sinais mistos nos principais índices de preços das matérias-primas. O índice dos metais base e da energia valorizaram 4,3% e 1,3% respetivamente. Pelo contrário, o índice da agricultura depreciou 3,6%.
No terceiro trimestre de 2025, o preço do gasóleo antes de impostos diminuiu 3% face ao período homólogo do ano anterior, porém o preço de venda final aumentou 1,3%, refletindo o aumento dos impostos sobre os combustíveis.
Veja os dados destacados pela AEP
A Envolvente Empresarial - Análise da Conjuntura é uma publicação trimestral desenvolvida conjuntamente pela AEP, AIP e CIP, com informação detalhada da evolução da atividade económica e de outros indicadores, incluindo ainda uma seleção de aspetos relevantes do enquadramento nacional e internacional.
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No segundo trimestre de 2025 o PIB a preços constantes acelerou ligeiramente face ao período homólogo e retomou o ritmo de crescimento em cadeia. Por componentes de despesa, em termos homólogos, o crescimento do PIB foi uma vez mais impulsionado integralmente pela Procura Interna, visto que o contributo da Procura Externa Líquida foi significativamente negativo.
Segundo a estimativa rápida do INE, no terceiro trimestre de 2025, o PIB cresceu 2,4% face ao período homólogo, refletindo a aceleração do consumo privado e das exportações. Em cadeia, o PIB cresceu 0,8%, traduzindo a aceleração do consumo privado.
No Boletim Económico de outubro, o Banco de Portugal prevê que a economia portuguesa abrande de 2,1% em 2024 para 1,9% em 2025, o que está em linha com as projeções do Conselho das Finanças Públicas e do Fundo Monetário Internacional (FMI).
As projeções do FMI apontam para um abrandamento do crescimento económico mundial em 2025 e 2026. O abrandamento da economia global deve-se sobretudo às tensões geopolíticas, em particular à política comercial protecionista iniciada pelos Estados Unidos da América e aos conflitos militares.
Relativamente à demografia empresarial, nos primeiros nove meses de 2025, a criação líquida de empresas aumentou 9,8% em termos homólogos, devido a um aumento dos nascimentos e a uma redução dos encerramentos, o que levou a um incremento do rácio de nascimentos por encerramento.
Os dados do comércio internacional de bens, refletem uma deterioração nas trocas comerciais com o exterior nos primeiros oito meses do ano, tendo as exportações e importações de bens registado um crescimento homólogo de 0,4% e 6%, respetivamente. Nos serviços, entre janeiro e agosto, as exportações continuaram a crescer acima das importações, embora a diferença seja cada vez menor.
Relativamente à política monetária, o Banco Central Europeu (BCE) optou por não realizar alterações nas reuniões do terceiro trimestre de 2025, mantendo as taxas de juro aplicáveis à facilidade permanente de cedência de depósito, às operações principais de refinanciamento e à facilidade permanente de cedência de liquidez em 2%, 2,15% e 2,40%, respetivamente.
No terceiro trimestre de 2025, as taxas Euribor a 3, 6 e 12 meses estabilizaram em valores próximos de 2%, embora com uma ligeira tendência de aumento nesse período, refletindo o menor otimismo dos mercados quanto a eventuais novos cortes nas taxas de juro diretoras nas próximas reuniões do BCE.
A taxa de inflação homóloga de Portugal (medida pelo IHPC) acelerou para 2,3% no terceiro trimestre de 2025, pressionada pelos produtos alimentares não transformados, após ter abrandado para 2% no segundo trimestre de 2025. Na Área Euro, a inflação também acelerou, porém são valores ainda muito próximos dos definidos pelo Banco Central Europeu como meta para o médio prazo.
No terceiro trimestre de 2025, a cotação média do euro face ao dólar situou-se em 1,1680, o que corresponde a uma apreciação da moeda única de 3% face ao segundo trimestre de 2025 e de 6,3% face ao terceiro trimestre de 2024. No mês de setembro, o euro cotou-se em média em 1,1732 dólares, o valor mais alto desde outubro de 2021.
No terceiro trimestre de 2025, observaram-se sinais mistos nos principais índices de preços das matérias-primas. O índice dos metais base e da energia valorizaram 4,3% e 1,3% respetivamente. Pelo contrário, o índice da agricultura depreciou 3,6%.
No terceiro trimestre de 2025, o preço do gasóleo antes de impostos diminuiu 3% face ao período homólogo do ano anterior, porém o preço de venda final aumentou 1,3%, refletindo o aumento dos impostos sobre os combustíveis.
Veja os dados destacados pela AEP
A Envolvente Empresarial - Análise da Conjuntura é uma publicação trimestral desenvolvida conjuntamente pela AEP, AIP e CIP, com informação detalhada da evolução da atividade económica e de outros indicadores, incluindo ainda uma seleção de aspetos relevantes do enquadramento nacional e internacional.