Envolvente Empresarial – Análise de Conjuntura

Envolvente Empresarial - 1.º Trimestre 2025
A mais recente Envolvente Empresarial - Análise de Conjuntura evidencia sinais positivos para a economia portuguesa. Porém, também destaca a forte degradação das condições económicas à escala global como resultado da política comercial protecionista adotada pelos EUA.
No quarto trimestre de 2024, em termos homólogos, o PIB real acelerou novamente (de 1,9% para 2,8%), impulsionado integralmente pela Procura Interna, visto que o contributo da Procura Externa Líquida foi negativo (-0,3 p.p.), assim como ocorrido nos restantes trimestres de 2024.
O Conselho das Finanças Públicas (CFP) e o Banco de Portugal (BdP) preveem que, em 2025, a economia portuguesa acelere (de 1,9% em 2024 para 2,2% e 2,3%, respetivamente).
As projeções do FMI de abril apontam para um abrandamento da economia mundial - de 3,2% em 2024 para 2,8% em 2025 -, tendo o crescimento económico mundial sido revisto em baixa em 0,5 pontos percentuais (p.p.) face às projeções de janeiro.
Na origem da revisão em baixa das projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional) estão, em parte, as decisões controversas do presidente dos EUA desde que iniciou funções. Donald Trump agitou o comércio internacional com a implementação de medidas protecionistas, desencadeando uma escalada de retaliações e tensões comerciais que marcaram o início de 2025 com instabilidade e incerteza nos mercados globais.
Relativamente à demografia empresarial, no primeiro trimestre de 2025, a criação líquida de empresas aumentou 8,4%, (para 12.552), devido a uma queda dos encerramentos (-2.229) superior à redução dos nascimentos, o que, levou a um incremento do rácio de nascimentos por encerramento (de 4,2, para 6,3). O número de empresas com processos de insolvência, reduziu %.
Os dados do comércio internacional de bens entre janeiro e fevereiro de 2025, refletem uma melhoria nas trocas comerciais com o exterior, tendo as exportações e importações de bens registado um crescimento homólogo de 11,9% e 5,8%, respetivamente. Nos serviços, as exportações continuaram a crescer acima das importações (7,1% e 0,6%, respetivamente).
Nas suas reuniões de fevereiro, março e abril, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu realizar cortes de 25 pontos base nas três taxas de juro diretoras. Em resultado destes cortes, as taxas de juro aplicáveis à de facilidade permanente de cedência de depósito, às operações principais de refinanciamento e à facilidade permanente de cedência de liquidez caíram para 2,25%, 2,40% e 2,65%, respetivamente. Nas reuniões do primeiro trimestre, a Reserva Federal decidiu manter as taxas de juro diretoras “FED Funds” no intervalo de 4,25% a 4,5%.
As taxas de juro Euribor a 3, 6 e 12 meses os dados mais recentes revelam oscilações, sem uma tendência clara, quedas em fevereiro e aumentos significativos em março. Na origem do aumento generalizado das yields em março de 2025 esteve o acordo no parlamento alemão entre a CDU e o SPD para aliviar as regras de despesa, aumentando o investimento em defesa e infraestruturas, o que pode potenciar desequilíbrios orçamentais e o aumento da dívida pública.
No primeiro trimestre de 2025, a taxa de inflação (IHPC) em Portugal abrandou (de 2,8% no quarto trimestre de 2024 para 2,4%). Na Área Euro, no mesmo período, a inflação aumentou 0,1 p.p., para 2,3%.
No que se refere ao câmbio, no mesmo período, a cotação do euro depreciou 1,3% face ao quarto trimestre de 2024 e 3,1% face ao primeiro trimestre de 2024. No mês de março, o euro cotou-se a 1,0807 dólares em média mensal, o valor máximo dos últimos cinco meses.
De janeiro a março de 2025, observaram-se aumentos nos principais índices de preços das matérias-primas, na maior parte dos casos pouco expressivos. O índice da energia, dos metais base e da agricultura valorizaram 2,4%, 1,3% e 1,3%, respetivamente.
No primeiro trimestre de 2025, o preço do gasóleo antes de impostos diminuiu 4,7% face ao período homólogo do ano anterior, porém o preço de venda final aumentou 1,6%.
No que se refere ao equilíbrio externo, nos primeiros dois meses de 2025, registou-se um excedente de 788 milhões de euros, que compara com um superavit de 1,6 mil milhões de euros no período homólogo. Neste período, o excedente da balança de serviços e o défice da balança de bens aumentaram.
Veja os dados destacados pela AEP
A Envolvente Empresarial - Análise da Conjuntura é uma publicação trimestral desenvolvida conjuntamente pela AEP, AIP e CIP, com informação detalhada da evolução da atividade económica e de outros indicadores, incluindo ainda uma seleção de aspetos relevantes do enquadramento nacional e internacional.
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No quarto trimestre de 2024, em termos homólogos, o PIB real acelerou novamente (de 1,9% para 2,8%), impulsionado integralmente pela Procura Interna, visto que o contributo da Procura Externa Líquida foi negativo (-0,3 p.p.), assim como ocorrido nos restantes trimestres de 2024.
O Conselho das Finanças Públicas (CFP) e o Banco de Portugal (BdP) preveem que, em 2025, a economia portuguesa acelere (de 1,9% em 2024 para 2,2% e 2,3%, respetivamente).
As projeções do FMI de abril apontam para um abrandamento da economia mundial - de 3,2% em 2024 para 2,8% em 2025 -, tendo o crescimento económico mundial sido revisto em baixa em 0,5 pontos percentuais (p.p.) face às projeções de janeiro.
Na origem da revisão em baixa das projeções do FMI (Fundo Monetário Internacional) estão, em parte, as decisões controversas do presidente dos EUA desde que iniciou funções. Donald Trump agitou o comércio internacional com a implementação de medidas protecionistas, desencadeando uma escalada de retaliações e tensões comerciais que marcaram o início de 2025 com instabilidade e incerteza nos mercados globais.
Relativamente à demografia empresarial, no primeiro trimestre de 2025, a criação líquida de empresas aumentou 8,4%, (para 12.552), devido a uma queda dos encerramentos (-2.229) superior à redução dos nascimentos, o que, levou a um incremento do rácio de nascimentos por encerramento (de 4,2, para 6,3). O número de empresas com processos de insolvência, reduziu %.
Os dados do comércio internacional de bens entre janeiro e fevereiro de 2025, refletem uma melhoria nas trocas comerciais com o exterior, tendo as exportações e importações de bens registado um crescimento homólogo de 11,9% e 5,8%, respetivamente. Nos serviços, as exportações continuaram a crescer acima das importações (7,1% e 0,6%, respetivamente).
Nas suas reuniões de fevereiro, março e abril, o Banco Central Europeu (BCE) decidiu realizar cortes de 25 pontos base nas três taxas de juro diretoras. Em resultado destes cortes, as taxas de juro aplicáveis à de facilidade permanente de cedência de depósito, às operações principais de refinanciamento e à facilidade permanente de cedência de liquidez caíram para 2,25%, 2,40% e 2,65%, respetivamente. Nas reuniões do primeiro trimestre, a Reserva Federal decidiu manter as taxas de juro diretoras “FED Funds” no intervalo de 4,25% a 4,5%.
As taxas de juro Euribor a 3, 6 e 12 meses os dados mais recentes revelam oscilações, sem uma tendência clara, quedas em fevereiro e aumentos significativos em março. Na origem do aumento generalizado das yields em março de 2025 esteve o acordo no parlamento alemão entre a CDU e o SPD para aliviar as regras de despesa, aumentando o investimento em defesa e infraestruturas, o que pode potenciar desequilíbrios orçamentais e o aumento da dívida pública.
No primeiro trimestre de 2025, a taxa de inflação (IHPC) em Portugal abrandou (de 2,8% no quarto trimestre de 2024 para 2,4%). Na Área Euro, no mesmo período, a inflação aumentou 0,1 p.p., para 2,3%.
No que se refere ao câmbio, no mesmo período, a cotação do euro depreciou 1,3% face ao quarto trimestre de 2024 e 3,1% face ao primeiro trimestre de 2024. No mês de março, o euro cotou-se a 1,0807 dólares em média mensal, o valor máximo dos últimos cinco meses.
De janeiro a março de 2025, observaram-se aumentos nos principais índices de preços das matérias-primas, na maior parte dos casos pouco expressivos. O índice da energia, dos metais base e da agricultura valorizaram 2,4%, 1,3% e 1,3%, respetivamente.
No primeiro trimestre de 2025, o preço do gasóleo antes de impostos diminuiu 4,7% face ao período homólogo do ano anterior, porém o preço de venda final aumentou 1,6%.
No que se refere ao equilíbrio externo, nos primeiros dois meses de 2025, registou-se um excedente de 788 milhões de euros, que compara com um superavit de 1,6 mil milhões de euros no período homólogo. Neste período, o excedente da balança de serviços e o défice da balança de bens aumentaram.
Veja os dados destacados pela AEP
A Envolvente Empresarial - Análise da Conjuntura é uma publicação trimestral desenvolvida conjuntamente pela AEP, AIP e CIP, com informação detalhada da evolução da atividade económica e de outros indicadores, incluindo ainda uma seleção de aspetos relevantes do enquadramento nacional e internacional.