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Empresas assinalam impactos negativos do Coronavírus
AEP avalia impacto do Coronavírus na atividade empresarial com inquérito às empresas associadas

A AEP – Associação Empresarial de Portugal regista com elevada preocupação os resultados de um inquérito efetuado às empresas suas associadas, em que cerca de um quinto mencionam um impacto negativo significativo ou muito significativo do Coronavírus na sua atividade.

O inquérito, destinado a avaliar o impacto do Coronavírus na atividade empresarial, foi desenvolvido pela AEP junto de empresas suas associadas, entre os dias 26 e 27 de fevereiro. Participaram cerca de duas centenas de empresas que exercem a sua atividade em todo o território nacional, oriundos de diversos setores de atividade e dimensão.

Apesar de mais de metade das empresas referirem não sentirem ainda um impacto negativo na sua atividade, são já cerca de um quinto as que mencionam um impacto negativo significativo ou muito significativo.

As dificuldades de abastecimento no exterior, em particular de matérias-primas (sobretudo provenientes da China e de Itália), mas também de produtos, a redução de encomendas, o cancelamento ou adiamento de eventos internacionais (por exemplo, feiras), as dificuldades de viagens, o fecho de fábricas de tecnologia e, de um modo mais transversal, a situação de abrandamento económico estão entre os principais constrangimentos apontados pelos empresários.

O inquérito da AEP revelou, ainda, a existência de dificuldades na chegada aos aeroportos nacionais, nomeadamente no regresso de colaboradores que participam em eventos no exterior, que se traduzem na falta de acompanhamento em termos de medidas de precaução/contenção e falta de informação sobre que medidas adotar. 

O inquérito procurou obter informação sobre eventuais impactos positivos, quer atuais quer futuros, tendo as respostas mostrado, inequivocamente, que a esmagadora maioria das empresas não regista e também não espera vir a registar um impacto positivo na sua atividade.

A presença numa economia global origina efeitos inevitáveis sempre que ocorrem fenómenos desta natureza e dimensão, pelo que a AEP aconselha as empresas portuguesas a definirem planos de contingência, com regras específicas aplicadas a sua atividade, a seguirem as recomendações emitidas pela Direção-Geral da Saúde e a estarem atentas às informações prestadas pelo Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças e pela Organização Mundial da Saúde.