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Competitividade: a alavanca do Norte e Centro
A opinião de Luís Miguel Ribeiro no Dinheiro Vivo
Na sua mais recente coluna de opinião no Dinheiro Vivo, o presidente da AEP escreve sobre os significativos contributos regiões Norte e Centro para a subida do país no ranking da competitividade na UE. "São duas regiões com um perfil de elevada especialização industrial e de forte vocação exportadora, que, com o enorme esforço do seu tecido empresarial, permitiram alavancar a competitividade de Portugal no seio dos 27 países europeus", refere Luís Miguel Ribeiro.
Todavia, para o presidente da AEP as regiões europeias ainda precisam do apoio da União Europeia para melhorar a sua competitividade e estreitar as assimetrias persistentes, evidenciando os fundos europeus estruturais, nomeadamente o Portugal 2030, como "uma importante fonte de financiamento e de forte estímulo ao investimento empresarial".
Leia a coluna na íntegra:
Competitividade: a alavanca do Norte e Centro
No final do mês de março, a Comissão Europeia publicou a edição de 2022 do relatório de competitividade regional “EU Regional Competitiveness Index 2.0” (RCI 2.0), que mede as distintas dimensões de competitividade nas regiões NUTS II da União Europeia.
Em termos globais, é percetível que as regiões menos desenvolvidas têm vindo a melhorar a sua competitividade, mas continua também muito visível a persistência de grandes disparidades entre os territórios, com o índice a variar entre 44,9 (uma região da Roménia) e 150,9 (uma região da Holanda).
Quase sempre, as regiões das capitais são as mais competitivas, mas o “gap” com as demais regiões é menor nos Estados-Membros mais competitivos. A Comissão sublinha que as regiões mais competitivas têm vantagens significativas: o PIB per capita é maior; a população tem melhores condições estruturais; há menos jovens que não estão no emprego, nem na educação ou formação (NEET); e são particularmente atraentes para os recém-formados, por ser mais fácil encontrar aí um emprego.
Portugal continua a apresentar um nível de competitividade global abaixo da média europeia, mas o seu posicionamento relativo subiu do 21º lugar em 2019 para o 15º em 2022 (uma posição acima da nossa vizinha Espanha). Nesta evolução, é de sublinhar os contributos muito significativos das regiões Norte e Centro, particularmente naquilo que tem a ver com uma melhoria assinalável nos pilares da inovação empresarial. Não será por acaso, são duas regiões com um perfil de elevada especialização industrial e de forte vocação exportadora, que, com o enorme esforço do seu tecido empresarial, permitiram alavancar a competitividade de Portugal no seio dos 27 países europeus.
Os resultados do RCI 2.0 mostram como as regiões europeias ainda precisam do apoio da União Europeia para melhorar a sua competitividade e estreitar as assimetrias persistentes. Neste contexto, os fundos europeus estruturais, nomeadamente o Portugal 2030, constituem uma importante fonte de financiamento e de forte estímulo ao investimento empresarial, potenciadores da melhoria da competitividade do setor produtivo e, consequentemente, do desempenho competitivo das regiões e do nível de desenvolvimento e bem-estar das suas populações.
Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal
In Dinheiro Vivo 15.04.2023
Todavia, para o presidente da AEP as regiões europeias ainda precisam do apoio da União Europeia para melhorar a sua competitividade e estreitar as assimetrias persistentes, evidenciando os fundos europeus estruturais, nomeadamente o Portugal 2030, como "uma importante fonte de financiamento e de forte estímulo ao investimento empresarial".
Leia a coluna na íntegra:
Competitividade: a alavanca do Norte e Centro
No final do mês de março, a Comissão Europeia publicou a edição de 2022 do relatório de competitividade regional “EU Regional Competitiveness Index 2.0” (RCI 2.0), que mede as distintas dimensões de competitividade nas regiões NUTS II da União Europeia.
Em termos globais, é percetível que as regiões menos desenvolvidas têm vindo a melhorar a sua competitividade, mas continua também muito visível a persistência de grandes disparidades entre os territórios, com o índice a variar entre 44,9 (uma região da Roménia) e 150,9 (uma região da Holanda).
Quase sempre, as regiões das capitais são as mais competitivas, mas o “gap” com as demais regiões é menor nos Estados-Membros mais competitivos. A Comissão sublinha que as regiões mais competitivas têm vantagens significativas: o PIB per capita é maior; a população tem melhores condições estruturais; há menos jovens que não estão no emprego, nem na educação ou formação (NEET); e são particularmente atraentes para os recém-formados, por ser mais fácil encontrar aí um emprego.
Portugal continua a apresentar um nível de competitividade global abaixo da média europeia, mas o seu posicionamento relativo subiu do 21º lugar em 2019 para o 15º em 2022 (uma posição acima da nossa vizinha Espanha). Nesta evolução, é de sublinhar os contributos muito significativos das regiões Norte e Centro, particularmente naquilo que tem a ver com uma melhoria assinalável nos pilares da inovação empresarial. Não será por acaso, são duas regiões com um perfil de elevada especialização industrial e de forte vocação exportadora, que, com o enorme esforço do seu tecido empresarial, permitiram alavancar a competitividade de Portugal no seio dos 27 países europeus.
Os resultados do RCI 2.0 mostram como as regiões europeias ainda precisam do apoio da União Europeia para melhorar a sua competitividade e estreitar as assimetrias persistentes. Neste contexto, os fundos europeus estruturais, nomeadamente o Portugal 2030, constituem uma importante fonte de financiamento e de forte estímulo ao investimento empresarial, potenciadores da melhoria da competitividade do setor produtivo e, consequentemente, do desempenho competitivo das regiões e do nível de desenvolvimento e bem-estar das suas populações.
Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal
In Dinheiro Vivo 15.04.2023