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Carga fiscal excessiva asfixia competitividade das empresas
O presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, em entrevista ao jornal Vida Económica

“Se queremos estimular o investimento, sobretudo o investimento privado, e não penalizar a competitividade das empresas, que atuam num mercado global, vincado por um contexto particularmente difícil, teremos que atuar na redução sustentada da carga fiscal sobre as empresas, com um sistema fiscal menos complexo e com maior estabilidade”. Quem o afirma é o presidente da AEP, Luís Miguel Ribeiro, em entrevista ao jornal Vida Económica.

Na entrevista, com o título “Carga fiscal excessiva asfixia competitividade das empresas portuguesas”, Luís Miguel Ribeiro alerta ainda para outros fatores inibidores da atividade empresarial, como a burocracia e os elevados custos de contexto. “Preocupam-nos muito matérias como os baixos níveis de qualificação dos recursos humanos, em particular dos ativos, a baixa taxa de investimento da economia (ambos os aspetos com implicações na baixa produtividade), a excessiva concentração das exportações portuguesas num número reduzido de empresas e de mercados, a escala insuficiente da nossa estrutura empresarial para poder continuar a enfrentar com sucesso os desafios de um processo de internacionalização crescente e mais exigente e, ainda, a adoção de políticas públicas que nem sempre têm sido as mais virtuosas, no sentido de estimular e, simultaneamente, não colocar entraves ao investimento empresarial”, afirma o presidente da AEP na entrevista, acrescentando referir-se “à elevada carga fiscal, aos elevados custos energéticos, à persistente burocracia e legislação complexa, à morosidade da Justiça, à baixa capitalização das empresas (apesar de alguma melhoria recente, nomeadamente fruto das medidas do Programa Capitalizar) e às condições de financiamento à atividade empresarial, que nem sempre são as mais adequadas”.

Luís Miguel Ribeiro fala também sobre a “enorme capacidade de adaptação” dos empresários portugueses e sobre as formas de evitar a previsível queda das exportações. A utilização dos fundos comunitários e a regionalização são os outros pontos abordados na entrevista que poderá ver aqui na íntegra.