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Agitação política tira brilho ao crescimento económico
A opinião de Luís Miguel Ribeiro no Dinheiro Vivo
No seu 100.º artigo de opinião no Dinheiro Vivo, o presidente da AEP escreve sobre o bom desempenho da economia portuguesa no 1.º trimestre que "devia ter merecido uma melhor atenção na opinião pública", dado que "o crescimento económico forte e sustentado é o principal desafio e ambição da economia portuguesa".
Para Luís Miguel Ribeiro, Portugal tem de aumentar a intensidade exportadora e reforçar o investimento, mas para isso "tem de dispor de um enquadramento que impulsione a melhoria da produtividade e competitividade". Para tal "precisamos de 'refrescar as nossas políticas', com uma fiscalidade equilibrada, atrativa e competitiva face aos nossos concorrentes", refere.
Leia o artigo:
Agitação política tira brilho ao crescimento económico
Este é o meu centésimo artigo de opinião no Dinheiro Vivo, o primeiro foi no dia 13 de julho de 2019. Neste período, enfrentámos uma pandemia e estamos a viver uma guerra que mudou o mundo. Perante um cenário tão adverso, quero sublinhar a excelente capacidade dos nossos empresários, que as estatísticas agora refletem, mesmo num contexto de abrandamento da economia global!
Durante uma agenda política nacional muito agitada foram divulgados os dados sobre o crescimento económico no primeiro trimestre, com Portugal a apresentar um excelente desempenho: a primeira posição na variação do PIB em cadeia (+1,6%) e a terceira na variação homóloga (+2,5%), entre os dez países da União Europeia com informação.
O crescimento económico forte e sustentado é o principal desafio e ambição da economia portuguesa, pelo que devia ter merecido uma melhor atenção na opinião pública. Ainda que, no imediato, a inflação influencie o poder de compra, o crescimento é algo que tem impacto direto na vida das pessoas, a curto, médio e longo prazos. É a via para se alcançar uma trajetória de consolidação das contas públicas e assegurar medidas de cariz social.
Este bom desempenho tem por base outra boa notícia, relacionada com o padrão mais sustentável em que assentou o crescimento, pois reflete, sobretudo, o dinamismo do comércio internacional, com uma melhoria da procura externa líquida (crescimento das exportações acima das importações), tendo a procura interna desacelerado (sobretudo o consumo privado).
Este bom desempenho, muito mais forte que o antecipado, já levou o FMI a rever em alta a sua projeção para o crescimento da economia portuguesa, para 2,6% (face a 1% na sua anterior previsão).
Como sempre, são as empresas que estão a aquecer os motores do crescimento!
Portugal, pequena economia aberta, tem de aumentar a intensidade exportadora e reforçar o investimento. Para isso, tem de dispor de um enquadramento que impulsione a melhoria da produtividade e competitividade. Como referi no último artigo de opinião, a carga fiscal é um duro e duplo golpe para trabalhadores e empregadores, pelo que não posso estar mais de acordo de que precisamos de "refrescar as nossas políticas", com uma fiscalidade equilibrada, atrativa e competitiva face aos nossos concorrentes.
Na AEP temos vindo a defender, vezes sem conta, a pertinência da redução da carga fiscal sobre o rendimento do trabalho e do capital. Voltámos a fazê-lo na reunião que tivemos presencialmente com a equipa do FMI, na sua avaliação regular da economia portuguesa ao abrigo do "Artigo IV".
Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal
In Dinheiro Vivo 13.05.2023
Para Luís Miguel Ribeiro, Portugal tem de aumentar a intensidade exportadora e reforçar o investimento, mas para isso "tem de dispor de um enquadramento que impulsione a melhoria da produtividade e competitividade". Para tal "precisamos de 'refrescar as nossas políticas', com uma fiscalidade equilibrada, atrativa e competitiva face aos nossos concorrentes", refere.
Leia o artigo:
Agitação política tira brilho ao crescimento económico
Este é o meu centésimo artigo de opinião no Dinheiro Vivo, o primeiro foi no dia 13 de julho de 2019. Neste período, enfrentámos uma pandemia e estamos a viver uma guerra que mudou o mundo. Perante um cenário tão adverso, quero sublinhar a excelente capacidade dos nossos empresários, que as estatísticas agora refletem, mesmo num contexto de abrandamento da economia global!
Durante uma agenda política nacional muito agitada foram divulgados os dados sobre o crescimento económico no primeiro trimestre, com Portugal a apresentar um excelente desempenho: a primeira posição na variação do PIB em cadeia (+1,6%) e a terceira na variação homóloga (+2,5%), entre os dez países da União Europeia com informação.
O crescimento económico forte e sustentado é o principal desafio e ambição da economia portuguesa, pelo que devia ter merecido uma melhor atenção na opinião pública. Ainda que, no imediato, a inflação influencie o poder de compra, o crescimento é algo que tem impacto direto na vida das pessoas, a curto, médio e longo prazos. É a via para se alcançar uma trajetória de consolidação das contas públicas e assegurar medidas de cariz social.
Este bom desempenho tem por base outra boa notícia, relacionada com o padrão mais sustentável em que assentou o crescimento, pois reflete, sobretudo, o dinamismo do comércio internacional, com uma melhoria da procura externa líquida (crescimento das exportações acima das importações), tendo a procura interna desacelerado (sobretudo o consumo privado).
Este bom desempenho, muito mais forte que o antecipado, já levou o FMI a rever em alta a sua projeção para o crescimento da economia portuguesa, para 2,6% (face a 1% na sua anterior previsão).
Como sempre, são as empresas que estão a aquecer os motores do crescimento!
Portugal, pequena economia aberta, tem de aumentar a intensidade exportadora e reforçar o investimento. Para isso, tem de dispor de um enquadramento que impulsione a melhoria da produtividade e competitividade. Como referi no último artigo de opinião, a carga fiscal é um duro e duplo golpe para trabalhadores e empregadores, pelo que não posso estar mais de acordo de que precisamos de "refrescar as nossas políticas", com uma fiscalidade equilibrada, atrativa e competitiva face aos nossos concorrentes.
Na AEP temos vindo a defender, vezes sem conta, a pertinência da redução da carga fiscal sobre o rendimento do trabalho e do capital. Voltámos a fazê-lo na reunião que tivemos presencialmente com a equipa do FMI, na sua avaliação regular da economia portuguesa ao abrigo do "Artigo IV".
Luís Miguel Ribeiro, presidente da Associação Empresarial de Portugal
In Dinheiro Vivo 13.05.2023