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Parceria com multilaterais é muito relevante
Carlos Mota Santos, Presidente e CEO do Grupo Mota-Engil, em entrevista à BOW 33
“A parceria com organizações multilaterais é muito relevante para desencadear oportunidades de financiamento exterior e da própria credibilização dos investidores por estarem associados a essas entidades” para o presidente e CEO do Grupo Mota-Engil, Carlos Mota Santos.
Em entrevista à revista BOW 33, sob o tema “As Multilaterais e as Oportunidades de Internacionalização”, Carlos Mota Santos evidencia o facto de, nesse sentido, a Mota-Engil ter “aprofundado ao longo do seu percurso múltiplas parcerias estratégicas e financeiras” com instituições multilaterais, construindo relações duradouras com as mesmas. “A credibilização que conferem ao projeto e ao seu investidor privado são fatores determinantes para a afirmação de uma empresa num mercado externo”, refere.
Leia a entrevista completa:
A participação de Portugal nas organizações multilaterais gera inúmeras oportunidades para as empresas nacionais. Como é que o grupo Mota-Engil aproveita estas oportunidades?
A diplomacia económica é um pilar fundamental para o desenvolvimento do setor exportador e da internacionalização das empresas portuguesas. Com base nesse pressuposto, a Mota-Engil tem estado sempre disponível para colaborar com as associações empresariais e as entidades multilaterais em tudo o que possa promover as empresas portuguesas no exterior porque cada vez mais funcionamos em rede.
Assim, diria que a parceria com organizações multilaterais é muito relevante para desencadear oportunidades de financiamento exterior e da própria credibilização dos investidores por estarem associados a essas entidades, e é nesse sentido que a Mota-Engil tem aprofundado ao longo do seu percurso, múltiplas parcerias estratégicas e financeiras com relevantes instituições multilaterais.
Estas organizações multilaterais caracterizam-se por promover o desenvolvimento dos seus países de operação. Com presença em 21 países, em três áreas geográficas – Europa, África e América Latina – de que modo a Mota-Engil contribuiu também para esse desenvolvimento?
Uma das vantagens competitivas do Grupo Mota-Engil na sua estratégia de internacionalização tem sido o compromisso de longo prazo no investimento realizado em diferentes países. Tem sido dessa forma, próxima e colaborativa, que o Grupo tem aprofundado relações empresariais, atuando em setores vitais da atividade económica em mais de 50 países ao longo deste percurso, em áreas como as infraestruturas, o ambiente e a energia, contribuindo com o nosso investimento para o desenvolvimento económico, social e ambiental dos países onde atuamos.
Em que setores apostou a Mota-Engil para entrar nesses mercados através das organizações multilaterais?
O Grupo tem tido uma atuação de acordo com o que sejam as oportunidades e a identificação de parceiros em cada mercado, sendo certo que projetos em áreas como são as unidades hospitalares que concluímos recentemente em Luanda e Cabinda, ou outros relacionados com redes de águas também em Angola, ou mesmo nas áreas da recolha e tratamento de resíduos em diversos países, são bons exemplos de como a Mota-Engil tem vindo a construir relações duradoras com estas instituições.
Investir com as multilaterais é ter um parceiro forte. Concorda? Porquê?
Como referi anteriormente, a credibilização que conferem ao projeto e ao seu investidor privado são fatores determinantes para a afirmação de uma empresa num mercado externo onde por vezes é mais difícil numa fase inicial o apoio das entidades financeiras, tendo assim as multilaterais uma função determinante para cobrir o risco e complementar a atividade bancária, permitindo despoletar a possibilidade de construir infraestruturas fundamentais para a melhoria da qualidade de vida das populações.
Exportar com as multilaterais é apostar num mercado com processos transparentes e concorrenciais. Qual a sua opinião?
A Mota-Engil vai mais longe do que a simples exportação, atuando num setor como a Engenharia e Construção onde temos muitas vezes de iniciar um projeto do zero, construindo infraestruturas de apoio ao próprio projeto e dessa forma dinamizando toda uma fileira em Portugal, que vai da execução do projeto, ao fornecimento de materiais e equipamentos, ainda que privilegiemos sempre a incorporação local de pessoas e recursos físicos, por acreditarmos que só assim se constroem relações duradouras e de mútua vantagem em cada mercado.
Disse numa entrevista recente que uma das principais condições para uma internacionalização de sucesso é também a capacidade de entrosamento nos meios locais, no fundo estabelecer parcerias. De que modo?
São determinantes e nós, os portugueses, temos um talento inato para isso. Diria que a pequena dimensão do mercado interno nos mobiliza para procurar oportunidades no exterior com relações justas e próximas com as pessoas e sem a arrogância de outros países por vezes de maior dimensão. Dessa forma, potenciamos oportunidades de desenvolvimento de carreiras internacionais para os nossos quadros, com formação e especialização das nossas pessoas que se aculturam nesta visão humanista, solidária e de agregação a um propósito comum que está muito enraizado, neste caso, na cultura da Mota-Engil
Tem algum exemplo que nos queira referir?
Diria que é incontornável falar de Angola.
Começar a nossa atividade em 1946 em Cabinda pelo fundador, Manuel António da Mota, e hoje, 78 anos depois e com a terceira geração da família Mota na gestão executiva do grupo, continuarmos a ter de forma ininterrupta a ligação umbilical que temos com este país, é um claro exemplo de um grupo empresarial que esteve sempre presente, nos momentos bons e menos bons, investindo, criando postos de trabalho, qualificando e dando oportunidades aos nossos quadros locais, e sempre numa base de parceria com empresas locais com quem hoje temos relações de décadas de mútua colaboração e confiança, algo determinante na construção de uma relação de longo prazo.
Quais os setores de futuro para investimento via multilaterais?
Diria que o paradigma atual de transição digital e energética serão muito relevantes de serem apoiados pelas entidades multilaterais, sobretudo no impulsionamento de tecnologias que estejam menos maduras e sejam importantes de promover, sendo um bom exemplo projetos relacionados com a conversão de resíduos em energia, e a promoção da circularidade de recursos, de modo a protegermos o nosso planeta de um desgaste de recursos sem retorno. A sustentabilidade e a descarbonização de alguns setores necessitarão no futuro de um apoio relevante das entidades multilaterais, assim seja promovido o reforço da prioridade nas agendas políticas dos países desenvolvidos.
Algo mais que considere importante, queira, por favor, acrescentar?
Gostaria apenas de destacar o papel relevante, crescente e de elevada qualidade que a diplomacia económica portuguesa vem exercendo, bem com a importância do papel associativo para a mudança de mentalidades e junção de forças e saberes para a dinamização da nossa economia que necessita, num espaço aberto e competitivo, de se preparar de forma competente e empenhada para os novos e complexos desafios que se colocam no futuro.
Descarregue aqui a entrevista
Em entrevista à revista BOW 33, sob o tema “As Multilaterais e as Oportunidades de Internacionalização”, Carlos Mota Santos evidencia o facto de, nesse sentido, a Mota-Engil ter “aprofundado ao longo do seu percurso múltiplas parcerias estratégicas e financeiras” com instituições multilaterais, construindo relações duradouras com as mesmas. “A credibilização que conferem ao projeto e ao seu investidor privado são fatores determinantes para a afirmação de uma empresa num mercado externo”, refere.
Leia a entrevista completa:
A participação de Portugal nas organizações multilaterais gera inúmeras oportunidades para as empresas nacionais. Como é que o grupo Mota-Engil aproveita estas oportunidades?
A diplomacia económica é um pilar fundamental para o desenvolvimento do setor exportador e da internacionalização das empresas portuguesas. Com base nesse pressuposto, a Mota-Engil tem estado sempre disponível para colaborar com as associações empresariais e as entidades multilaterais em tudo o que possa promover as empresas portuguesas no exterior porque cada vez mais funcionamos em rede.
Assim, diria que a parceria com organizações multilaterais é muito relevante para desencadear oportunidades de financiamento exterior e da própria credibilização dos investidores por estarem associados a essas entidades, e é nesse sentido que a Mota-Engil tem aprofundado ao longo do seu percurso, múltiplas parcerias estratégicas e financeiras com relevantes instituições multilaterais.
Estas organizações multilaterais caracterizam-se por promover o desenvolvimento dos seus países de operação. Com presença em 21 países, em três áreas geográficas – Europa, África e América Latina – de que modo a Mota-Engil contribuiu também para esse desenvolvimento?
Uma das vantagens competitivas do Grupo Mota-Engil na sua estratégia de internacionalização tem sido o compromisso de longo prazo no investimento realizado em diferentes países. Tem sido dessa forma, próxima e colaborativa, que o Grupo tem aprofundado relações empresariais, atuando em setores vitais da atividade económica em mais de 50 países ao longo deste percurso, em áreas como as infraestruturas, o ambiente e a energia, contribuindo com o nosso investimento para o desenvolvimento económico, social e ambiental dos países onde atuamos.
Em que setores apostou a Mota-Engil para entrar nesses mercados através das organizações multilaterais?
O Grupo tem tido uma atuação de acordo com o que sejam as oportunidades e a identificação de parceiros em cada mercado, sendo certo que projetos em áreas como são as unidades hospitalares que concluímos recentemente em Luanda e Cabinda, ou outros relacionados com redes de águas também em Angola, ou mesmo nas áreas da recolha e tratamento de resíduos em diversos países, são bons exemplos de como a Mota-Engil tem vindo a construir relações duradoras com estas instituições.
Investir com as multilaterais é ter um parceiro forte. Concorda? Porquê?
Como referi anteriormente, a credibilização que conferem ao projeto e ao seu investidor privado são fatores determinantes para a afirmação de uma empresa num mercado externo onde por vezes é mais difícil numa fase inicial o apoio das entidades financeiras, tendo assim as multilaterais uma função determinante para cobrir o risco e complementar a atividade bancária, permitindo despoletar a possibilidade de construir infraestruturas fundamentais para a melhoria da qualidade de vida das populações.
Exportar com as multilaterais é apostar num mercado com processos transparentes e concorrenciais. Qual a sua opinião?
A Mota-Engil vai mais longe do que a simples exportação, atuando num setor como a Engenharia e Construção onde temos muitas vezes de iniciar um projeto do zero, construindo infraestruturas de apoio ao próprio projeto e dessa forma dinamizando toda uma fileira em Portugal, que vai da execução do projeto, ao fornecimento de materiais e equipamentos, ainda que privilegiemos sempre a incorporação local de pessoas e recursos físicos, por acreditarmos que só assim se constroem relações duradouras e de mútua vantagem em cada mercado.
Disse numa entrevista recente que uma das principais condições para uma internacionalização de sucesso é também a capacidade de entrosamento nos meios locais, no fundo estabelecer parcerias. De que modo?
São determinantes e nós, os portugueses, temos um talento inato para isso. Diria que a pequena dimensão do mercado interno nos mobiliza para procurar oportunidades no exterior com relações justas e próximas com as pessoas e sem a arrogância de outros países por vezes de maior dimensão. Dessa forma, potenciamos oportunidades de desenvolvimento de carreiras internacionais para os nossos quadros, com formação e especialização das nossas pessoas que se aculturam nesta visão humanista, solidária e de agregação a um propósito comum que está muito enraizado, neste caso, na cultura da Mota-Engil
Tem algum exemplo que nos queira referir?
Diria que é incontornável falar de Angola.
Começar a nossa atividade em 1946 em Cabinda pelo fundador, Manuel António da Mota, e hoje, 78 anos depois e com a terceira geração da família Mota na gestão executiva do grupo, continuarmos a ter de forma ininterrupta a ligação umbilical que temos com este país, é um claro exemplo de um grupo empresarial que esteve sempre presente, nos momentos bons e menos bons, investindo, criando postos de trabalho, qualificando e dando oportunidades aos nossos quadros locais, e sempre numa base de parceria com empresas locais com quem hoje temos relações de décadas de mútua colaboração e confiança, algo determinante na construção de uma relação de longo prazo.
Quais os setores de futuro para investimento via multilaterais?
Diria que o paradigma atual de transição digital e energética serão muito relevantes de serem apoiados pelas entidades multilaterais, sobretudo no impulsionamento de tecnologias que estejam menos maduras e sejam importantes de promover, sendo um bom exemplo projetos relacionados com a conversão de resíduos em energia, e a promoção da circularidade de recursos, de modo a protegermos o nosso planeta de um desgaste de recursos sem retorno. A sustentabilidade e a descarbonização de alguns setores necessitarão no futuro de um apoio relevante das entidades multilaterais, assim seja promovido o reforço da prioridade nas agendas políticas dos países desenvolvidos.
Algo mais que considere importante, queira, por favor, acrescentar?
Gostaria apenas de destacar o papel relevante, crescente e de elevada qualidade que a diplomacia económica portuguesa vem exercendo, bem com a importância do papel associativo para a mudança de mentalidades e junção de forças e saberes para a dinamização da nossa economia que necessita, num espaço aberto e competitivo, de se preparar de forma competente e empenhada para os novos e complexos desafios que se colocam no futuro.
Descarregue aqui a entrevista
2025.02.11