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Indústrias Culturais e Criativas reunidas na AEP
20 especialistas de 12 países partilharam conhecimento e experiência

A AEP – Associação Empresarial de Portugal acolheu, a 16 e 17 de outubro, a reunião semestral do Grupo Setorial Europeu das Indústrias Culturais e Criativas (CCI SG), composto por especialistas europeus e pertencente à Enterprise Europe Network (EEN), que visa apoiar a cooperação entre diferentes players europeus com vista a proporcionar serviços de alto valor acrescentado aos seus clientes.

Apoiada pela EISMEA - European Innovation Council and SMEs Executive Agency e pela DG GROW - European Commission DG Internal Market, Industry, Entrepreneurship and SMEs, esta iniciativa teve como objetivo dar a conhecer os mais recentes avanços neste setor e estimular a colaboração e a partilha do conhecimento e experiências entre entidades europeias e portuguesas com a presença de mais de 20 profissionais de 12 nacionalidades, incluindo Portugal, Eslovénia, Polónia, Reino Unido, Lituânia, Itália, Alemanha, Bélgica, Hungria, Islândia, Bulgária e República Checa.

A reunião incluiu apresentações sobre a cidade do Porto enquanto cidade agregadora de inovação e criatividade, informações sobre a nova convocatória do WORTH Partnership Project, atualizações dos grupos de trabalho do CCI SG e ainda a apresentação de clientes da EEN.

Contou ainda com a visita a importantes stakeholders da cidade do Porto, nomeadamente a Casa da Música, a Fundação e Museu de Serralves e o Bombarda Creative District e o CRU Creative Hub, sempre com vista à disseminação internacional do ecossistema português para as Indústrias Culturais e Criativas.

O segundo dia foi marcado pela presença deste grupo europeu no Portugal Digital Summit, evento que converge com um dos pilares das Indústrias Culturais e Criativas – as tecnologias emergentes, com a prioridade dada pelo CCI SG à digitalização.

Em Portugal, o setor é ainda constituído maioritariamente por indivíduos, start-ups, microempresas e PME que trabalham em cadeias de fornecimento complexas, sendo ainda necessário trabalhar para um maior reconhecimento do mesmo como atividade rentável. De referir a aposta em novos produtos com maior diferenciação e valor acrescentado, bem como na incorporação do design e criatividade em produtos mais tradicionais que se adaptaram a novas procuras mais qualificadas.

Segundo Paulo Vaz, administrador da AEP, a aposta da Associação neste setor é clara, desde logo porque os constantes movimentos da economia obrigam as empresas a encontrar novas formas de inovar e diferenciar os seus produtos e serviços e refere que “ou todos os setores serão culturais e criativos, ou simplesmente não sobreviverão”. 

Para a chairwoman do CCI SG, Céu Filipe, este tipo de iniciativas é essencial para que as Indústrias Culturais e Criativas sejam compreendidas e aceites pelas instituições públicas e privadas como um sector económico primordial na inovação, criação de emprego e internacionalização.