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Exportar com mais valor!
A opinião de Luís Miguel Ribeiro no Dinheiro Vivo

O presidente do CA da AEP dedica a sua mais recente coluna de opinião no Dinheiro Vivo à conferência do Portugal Export +60’30, onde foram apresentadas as conclusões da iniciativa que visa elevar o peso das exportações no PIB para, pelo menos, 60% em 2030 e que tal seja um verdadeiro desígnio nacional.

"Graças ao papel das empresas, Portugal alcançou um enorme progresso", considera Luís Miguel Ribeiro, para quem o facto de as exportações terem descido para 47,4% do PIB em 2023 (depois de terem atingido 50% em 2022) "incita ao reforço de se trabalhar para o objetivo ambicionado, alargando a base exportadora, com mais empresas na exportação e com mercados de destino mais diversificados".

Leia a coluna na íntegra:


Exportar com mais valor!

O belíssimo espaço do terminal de cruzeiros de Leixões foi o palco para a grande conferência do Portugal Export +60’30, onde foram apresentadas as conclusões de uma iniciativa conjunta da AEP e do novobanco, com o apoio da APDL e do jornal Expresso, e que contou com o alto patrocínio do Presidente da República.

Com a ambição de Portugal atingir uma intensidade exportadora de, pelo menos, 60% em 2030, esta conferência foi o culminar de todo um trabalho prévio realizado ao longo de um trimestre, em que se convidaram empresas, representantes de Universidades e de Centros de Investigação e Desenvolvimento a partilhar experiências, a identificar barreiras e a propor soluções, com a identificação de medidas e recomendação ao Estado, mas também às empresas, por forma a que a ambição de elevar o peso das exportações no PIB para, pelo menos, 60% em 2030 seja um verdadeiro desígnio nacional. 

Identificaram-se três pilares em que deve assentar a estratégia para aumentar as exportações, em qualidade e quantidade: Inovação, Capital Humano e Investimento, que contou a participação de três personalidades de reconhecido mérito, que vestiram o papel de “embaixador” de cada pilar.

No Pilar da Inovação, o caminho apontado passa por exportar com mais valor, apostar na diferenciação pelo conhecimento, pela inovação, pela tecnologia e pela intensidade do serviço ao cliente. No Pilar do Capital Humano, realçou-se a importância de criar, captar e reter talento orientado à internacionalização das empresas. No Pilar do Investimento, destacou-se a pertinência em investir no crescimento das organizações para crescer nos mercados externos e fazer o país crescer de forma sustentável.

Graças ao papel das empresas, Portugal alcançou um enorme progresso. O peso das exportações no PIB subiu de 28% em 2000 para 50% em 2022. Os dados divulgados já após a conferência mostram que em 2023 desceu para 47,4%, o que incita ao reforço de se trabalhar para o objetivo ambicionado, alargando a base exportadora, com mais empresas na exportação e com mercados de destino mais diversificados. 

Este é o caminho para sustentabilidade socioeconómica do país!

O INE de Portugal e Espanha acabam de publicar a “Península Ibérica em Números”. Vale a pena prestar redobrada atenção às diferenças entre Portugal e o nosso principal mercado de exportação. Abordarei este tema num dos meus próximos artigos de opinião.

Luís Miguel Ribeiro, presidente do Conselho de Administração
da Associação Empresarial de Portugal
In Dinheiro Vivo 02.03.2024