Envolvente Empresarial - Análise da Conjuntura é uma publicação trimestral desenvolvida conjuntamente pela AEP, AIP e CIP, com informação detalhada da evolução da atividade económica e de outros indicadores, incluindo ainda uma seleção de aspetos relevantes do enquadramento nacional e internacional.
Nestre número destamos:
A NÍVEL NACIONAL:
Sinais de algum ressurgimento da atividade no último trimestre de 2018 e início de 2019, após um 3º trimestre marcado por um menor crescimento homólogo do PIB em volume, para o ritmo mais baixo desde do 2º trimestre de 2016 e o 8º pior entre os 26 países da UE com dados;
Revisão em baixa da previsão do Banco de Portugal para o crescimento do PIB nacional em 2019 – a refletir piores perspetivas para a procura externa – e abrandamento gradual até 2021;
Perfil de crescimento económico sustentável, com maior peso do investimento e das exportações (cujo peso no PIB deverá subir para 50% em 2021), com contributo relevante do turismo, embora perca algum fulgor e origine um abrandamento das exportações totais, devido em parte à retoma de destinos turísticos concorrentes;
Evolução cambial melhora andamento dos indicadores de competitividade no terceiro trimestre;
Taxa de desemprego estabiliza no 3º trimestre em 6,7%, o mínimo da série;
Queda homóloga do stock de crédito às empresas prossegue em outubro;
Nas matérias-primas, o ano de 2018 ficou marcado por uma aceleração do índice da energia, um abrandamento no índice dos metais e uma queda ligeira no índice agrícola;
Défice orçamental em 2018 menor do que o esperado numa ótica de caixa, apontando para um valor inferior à meta de 0,7% do Governo na ótica das contas nacionais;
Subida do rating da dívida soberana de Portugal para o grau de investimento por parte da agência Moody’s (em linha com as outras três grande agências) e pagamento do remanescente do empréstimo do FMI (contraído no Programa de Ajuda Externa) reforçam a descida da taxa de juro soberana a 10 anos, que em 2018 atingiu um mínimo histórico de 1,44%;
Diplomas publicados: Orçamento de Estado e Grandes Opções do Plano para 2019; Regulamento de Custas Processuais com reduções significativas; Simplificação do preenchimento da IES; Dinamização de produtos de cobertura de risco à exportação; Pacote de transferência de competências para os Municípios; Novo Código de Propriedade Industrial; Programa de Captação de Investimento para o Interior; Fixação do salário mínimo em 600 euros em 2019; Faturação eletrónica nos contratos públicos.
A NÍVEL INTERNACIONAL:
Banco Mundial e FMI revêm em baixa as previsões de crescimento da economia mundial em 2019 e 2020;
Comissão Europeia aprova a reprogramação da política de coesão 2014-2020 de Portugal;
BCE indica o reinvestimento por período prolongado dos ativos comprados e confirma que as taxas de juro de referência deverão permanecer em mínimos pelos menos até ao verão;
Fed sobe taxa diretora pela 4ª vez em 2018, o que levou a fortes quedas dos mercados acionistas a par com os sinais de abrandamento da economia mundial e o prolongamento do encerramento parcial dos serviços federais dos EUA e das difíceis negociações comerciais com a China.